
Neste ano eleitoral as pesquisas de intenção de voto voltam a brilhar no cenário midiático.
A opinião pública fica dividida entre crer nas pesquisas divulgadas ou creditar os resultados a possíveis "acordos" entre os institutos e os partidos/candidatos interessados em aparecer na frente de seus concorrentes nas corridas eleitorais.
Há ainda uma parcela da população, que confunde pesquisa amostral com censo e não acredita nas pesquisas por nunca ter sido entrevistada.
A opinião pública fica dividida entre crer nas pesquisas divulgadas ou creditar os resultados a possíveis "acordos" entre os institutos e os partidos/candidatos interessados em aparecer na frente de seus concorrentes nas corridas eleitorais.
Há ainda uma parcela da população, que confunde pesquisa amostral com censo e não acredita nas pesquisas por nunca ter sido entrevistada.
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Nós do Território de Pesquisas sabemos que uma pesquisa de intenção de voto, se respeitar os critérios metodológicos adequados, é capaz de retratar fielmente a opinião momentânea do universo em questão, dentro de um intervalo de confiança com margem de erro pré-estipulada.
A quantidade de acertos nas pesquisas dos principais institutos, nestes últimos 25 anos de eleições, é muitíssimo maior do que o de erros.
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Porque então as pesquisas eleitorais são tão questionadas?
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Procuramos responder esta questão apontando e esclarecerendo o que consideramos os sete principais pecados no julgamento público das pesquisas eleitorais:
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1) A ALTA MOBILIDADE DAS INTENÇÕES DE VOTO - Quanto maior é a distância do dia da eleição, tanto maior é a indefinição da escolha.
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Porque então as pesquisas eleitorais são tão questionadas?
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Procuramos responder esta questão apontando e esclarecerendo o que consideramos os sete principais pecados no julgamento público das pesquisas eleitorais:
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1) A ALTA MOBILIDADE DAS INTENÇÕES DE VOTO - Quanto maior é a distância do dia da eleição, tanto maior é a indefinição da escolha.
Os eleitores passam por várias etapas até definirem seus votos, primeiro há o desconhecimento sobre alguns candidatos e o favoritismo natural dos candidatos mais conhecidos. Num segundo momento, há o desconhecimento de quem apóia quem, depois começam as discussões nas ruas e ambientes próximos. Em seguida, vem a propaganda eleitoral e a dedicação quase exclusiva da mídia ao assunto, segue-se então os comícios e, finalmente, já muito próximo da data do voto, vem a definição de uma boa parte do eleitorado pelo candidato que merecerá seu voto.
É necessário lembrar que a maioria do eleitorado brasileiro possui baixo grau de instrução e pouco acesso à informação qualificada.
É claro que uma parcela do eleitorado já parte com a escolha feita, são militantes e simpatizantes dos candidatos ou dos partidos, que por nada deste mundo mudariam seus votos, porém é só uma parte.
Pesquisas de intenção de voto retratam o momento. Distante da eleição, a diferença de alguns dias entre a coleta de dados de um instituto para outro pode significar vários pontos percentuais. A inconstância dos eleitores é a principal causa.
O normal é que ao chegar às vésperas do pleito, com os eleitores mais seguros quanto a suas escolhas, as pesquisas passem a mostrar resultados muito próximos, com as diferenças entre os principais institutos permanecendo dentro das margens de erro.
.2) MEU CASTELO - Os candidatos e seus apoiadores, em geral, convivem entre uma maioria de pessoas com as mesmas afinidades políticas e partidárias.
A impressão é que todos comungam das mesmas ideias e que a maioria da população também pensa assim, portanto lhes parece impossível que outro candidato possa ter uma "intenção de voto" maior do que a do candidato deles.
Esse fenômeno de percepção não acontece apenas em relação às pesquisas eleitorais, é também a ruína anunciada de muitos governantes que trocam a medição da opinião pública pela bajulação dos aliados que os cercam.
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3) TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO - "O instituto X fez um acordo com um conglomerado de grandes corporações de mídia e negócios, para fraudar seus resultados a fim de favorecer o candidato Y".
Não somos ingênuos a ponto de ignorar que há grandes interesses econômicos por trás das candidaturas, mas daí a acreditar que um grande instituto de pesquisa se sujeite a alterar seus resultados para favorecer uma candidatura, é um pouco demais.
Um instituto de pesquisa vive de sua credibilidade, as pesquisas de intenção de voto tornadas públicas são uma imensa "vitrine".
Caso um instituto tope um acordo espúrio de favorecimento a uma determinada candidatura, sua falcatrua seria descoberta por todos no dia em que as urnas fossem abertas e os votos, apurados. A perda de credibilidade seria enorme, tanto na opinião pública quanto no mercado comprador de pesquisas.
Conhecemos vários donos e diretores de institutos de pesquisa, nenhum, até onde nos consta, é um "exterminador" de seu próprio mercado.
Esse fenômeno de percepção não acontece apenas em relação às pesquisas eleitorais, é também a ruína anunciada de muitos governantes que trocam a medição da opinião pública pela bajulação dos aliados que os cercam.
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3) TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO - "O instituto X fez um acordo com um conglomerado de grandes corporações de mídia e negócios, para fraudar seus resultados a fim de favorecer o candidato Y".
Não somos ingênuos a ponto de ignorar que há grandes interesses econômicos por trás das candidaturas, mas daí a acreditar que um grande instituto de pesquisa se sujeite a alterar seus resultados para favorecer uma candidatura, é um pouco demais.
Um instituto de pesquisa vive de sua credibilidade, as pesquisas de intenção de voto tornadas públicas são uma imensa "vitrine".
Caso um instituto tope um acordo espúrio de favorecimento a uma determinada candidatura, sua falcatrua seria descoberta por todos no dia em que as urnas fossem abertas e os votos, apurados. A perda de credibilidade seria enorme, tanto na opinião pública quanto no mercado comprador de pesquisas.
Conhecemos vários donos e diretores de institutos de pesquisa, nenhum, até onde nos consta, é um "exterminador" de seu próprio mercado.
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4) A GALERA - Na política os partidários de um candidato, assim como os torcedores de um time de futebol, não aceitam resultados que não favoreçam suas crenças.
É comum os militantes de uma candidatura difamarem e tentarem desacreditar um instituto em razão de um resultado de pesquisa que não saiu como eles imaginaram e, algum tempo depois, alardearem outra pesquisa do mesmo instituto quando esta lhes aponta um resultado favorável.
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5) ENQUETES - As enquetes são, por exemplo, as perguntas feitas no ar aos ouvintes de uma rádio ou as perguntas colocadas na parte direita do nosso blog.
5) ENQUETES - As enquetes são, por exemplo, as perguntas feitas no ar aos ouvintes de uma rádio ou as perguntas colocadas na parte direita do nosso blog.
Em ambos os casos não existe nenhuma metodologia científica ou estatística por trás, estas enquetes existem apenas para fornecerem aos ouvintes da rádio ou aos leitores do nosso blog, uma oportunidade de manifestarem suas opiniões.
Os resultados destas enquetes não têm a pretensão de quantificar e projetar os diferentes pensamentos de todos os ouvintes da rádio ou de todos os leitores do blog. Representam apenas a opinião de quem se dispôs a ligar ou a clicar nas enquetes.
Comparar os resultados de uma enquete com o de uma pesquisa amostral, que leva em conta toda uma distribuição equilibrada do universo a ser representado, é um erro comum de parte da população.
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6) INSTITUTOS DE OCASIÃO - Com a grande demanda de pesquisas em épocas de eleição, aparecem muitos "institutos de ocasião" que oferecem trabalhos, por ingenuidade ou por má fé, de muito pouca qualidade e, em geral, por preços finais que não pagariam nem metade do custo de uma coleta de dados séria.
Os resultados destas enquetes não têm a pretensão de quantificar e projetar os diferentes pensamentos de todos os ouvintes da rádio ou de todos os leitores do blog. Representam apenas a opinião de quem se dispôs a ligar ou a clicar nas enquetes.
Comparar os resultados de uma enquete com o de uma pesquisa amostral, que leva em conta toda uma distribuição equilibrada do universo a ser representado, é um erro comum de parte da população.
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6) INSTITUTOS DE OCASIÃO - Com a grande demanda de pesquisas em épocas de eleição, aparecem muitos "institutos de ocasião" que oferecem trabalhos, por ingenuidade ou por má fé, de muito pouca qualidade e, em geral, por preços finais que não pagariam nem metade do custo de uma coleta de dados séria.
Pesquisa é ciência, é necessário ter experiência prática e muito conhecimento técnico para que se obtenham resultados confiáveis.
Quando defendemos a credibilidade das pesquisas estamos defendendo institutos sérios, com profissionais experientes, qualificados e com respeitabilidade no mercado.
.7) ANÁLISES AMADORAS - Os resultados de uma pesquisa compõem um estudo que possibilita múltiplas análises que vão muito além de uma leitura simplista.
Para começar, uma análise deve considerar a formulação do questionário, a amostra total, a base amostra de cada pergunta e de cada estrato, a distribuição, a forma de aplicação das entrevistas, o nível de confiança e a margem de erro.
Consideramos também o processo de preparação e processamento dos dados, que geram diversos cruzamentos e estratificações que devem esclarecer e completar o significado dos resultados finais. Por fim, existem os comparativos e projeções.
Quando apresentamos um estudo a um cliente todas estas variáveis são expostas e consideradas, em vários casos a análise do entorno diz muito mais que o simples resultado.
Quando sai o resultado de uma pesquisa eleitoral a maioria do público só fica conhecendo alguns poucos números. Fica faltando informação, conhecimento e experiência em pesquisa para poder melhor interpretá-los.
.Para finalizar, não podemos descartar que erros existem. Mesmo com todas as precauções que os institutos possuem tanto na coleta quanto na preparação dos dados, mesmo com a aplicação correta e honesta de uma boa metodologia, pode acontecer um desvio imponderável em um determinado resultado.
Cabe então dizer que este desvio será corrigido pela sequência natural das pesquisas, pois a chance de um instituto errar seguidamente é muito próxima de zero.
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Nossa! Que aula! Eu tava mesmo pra te perguntar essas coisas. Quase bati numa amiga troll que eu tenho que não aceitou minhas defesas de pesquisa porque dizia que eu tava defendendo o meu trabalho de coleta.E não era mesmo. Só faltou um item que eu gostaria de saber. O que, de fato, tem que ser registrado no TSE? Só as pesquisas que serão divulgadas tem que ser registradas? Caso sejam registradas tem que ser obrigatoriamente divulgadas? Nesse registro consta resultado da pesquisa? Obrigada.
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